1. |
bailarina
03:26
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bailarina
não sei bem o que me espera …
dizias enquanto fugias de mansinho
pela janela do teu quarto em casa do teu pai
estas noites têm em ti um efeito tal
e é vê-los, coitadinhos, a tentar acompanhar a bailarina, bailarina
e é vê-la a levá-los, a enrolá-los, como quer
é só por isso que ela se estica
eu bem podia ficar ali
a noite toda
a ver-te caçar
que pujança de olhar
nem sei bem o que me espera
pensava, enquanto me movia deslumbrado
atrás do rasto que esse corpo suava pelo ar
mas aqui no teu baile vudu
quem controla os fios és tu
maldito vudu
Daqui para frente
agora
Estica-te
(foste porque quiseste, porque te deixaste levar )
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2. |
tiro no pé
02:55
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tiro no pé
marcamos para as 4 da manhã
junto ao muro da coutada
se chover, vestimos uns oleados
mas dali não arredamos pé
é tudo uma questão firmeza
e se soubermos esperar
aqueles porcos são nossos
2 cada 1
aqueles porcos são nossos
nada nos vai reter
2cada 1
nada nos vai reter
se a arma falhar por descuido ou distração
não há nada a fazer
prepara-te para o embate que o mais certo é doer
vais ter que dar o corpo ao manifesto
aqueles porcos são nossos
2 cada 1
aqueles porcos são nossos
nada nos vai reter
2cada 1
nada nos vai reter
quando o sol romper para lá do monte
e vires que as bestas vão de volta à toca
No pé
depois, depois, depois,
depois, depois, depois,
depois, logo os amanhamos
agora, agora, agora,
agora, há que os apanhar
nada nos vai reter
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3. |
pedra é pedra
02:46
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"pedra é pedra"
(tv rural)
pedra é pedra, milho é milho
sol a sol a acartar tudo sozinho
pedra é pedra, milho é milho
venha é mais um para levar isto comigo
Pedra é pedra, milho é milho
dás a mão, mas pedem-te o corpinho
Pedra é pedra, milho é milho
até tens razão, mas nunca és ouvido
Se isto se mantém assim
vais ver, sou eu,
este teu quadro manhoso
e um pé de cabra como confidente
do teu escritório vê-se o rio e eu vou
eu cá vou...
mostrar-te a vista, vou
Pedra é pedra, milho é milho
sol a sol a acartar tudo sozinho
Pedra é pedra, milho é milho
falas demais, acabas despedido
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4. |
caga nisso
03:15
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caga nisso
Cortas-me a estrada porque podes
Porque dizes que podes
Não podes, mas achas que podes
Metes-te à frente tudo à grande
Porque pensas que podes
Não podes, mas fazes que podes
travas a fundo, porque sim
Porque sentes que podes
Não podes, mas finges que podes
Não dizes nada?
Ainda finges que podes?
Não dizes nada?
e se eu me espetasse aqui
caga nisso... caga nisso
meia volta atrás... bora pó guincho
caga nisso... caga nisso
põe a cara ao ar.... leva-me à praia
não fosse o bafo, picava-me com o gajo
picava-me com o gajo, não fosse o bafo
(ai se te apanho na estrada outra vez...)
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5. |
estava-se mesmo a ver
02:48
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estava-se mesmo a ver
à roda na cama
não arranjas posição
uma mosca na cara
faz-te impressão
varre-te os dedos
uma prega do lençol
Instala-se...contágio...
Era o tempo mudar
E lá estreava a tentação
Estava-se mesmo a ver
Fogo nas plantas dos pés
O dedo a ajudar
A alastrar a comichão
Não, não me permito deter
à roda na cama
já tudo se pode, pois pode
numa meia perdida
mais uma opção
Propaga-se
.
Era o tempo mudar
E lá estreava a tentação
Estava-se mesmo a ver
Fogo nas plantas dos pés
O dedo a ajudar
A alastrar a comichão
Não, não me permito deter
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6. |
maratona
03:57
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maratona
vais sozinho e estás cansado
já sem camisa
dentes e punhos semicerrados
por agora é bem. é a descer
mas diz quem sabe, que pode doer
Nem consegues
fixar o olhar
Tudo treme, tudo treme
vais atrás, meio isolado
já sem bravura
puxas por tendões doridos
por agora é bem. é a descer
mas diz quem sabe, que pode doer
vem, é por aqui
não tens muito mais a escolher,
tudo o que podes ser é
aquilo que és
o que vês ... ficou pra trás
Nem te interessa olhar para o lado,
o que vês ... ficou pra trás
anda lá mais um bocado
o que vês ... ficou pra trás
vem, é por aqui
não tens muito mais a escolher,
tudo o que podes ser é
aquilo que és
Mesmo depois de muitos quilómetros,
Mesmo depois de muitos quilómetros
É na boa desistir da maratona
É na boa desistir da maratona
vem, é por aqui
não tens muito mais a escolher,
tudo o que podes ser é
aquilo que és
vem, é por aqui
não tens muito mais a escolher,
tudo o que podes ser és
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7. |
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não sou uma flor do teu jardim
sou uma ratazana
sei bem como entrar na cama
não sou uma flor do teu jardim
deixo-te afagar-me o pelo
podemos passear no escuro
vem, é por ali...
a caminho do …. ninho! ninho!
há todo um outro mundo que me queres mostrar
que eu sei
sou uma ratazana
saio como entrei na cama
não sou uma flor do teu jardim
vem, vem
deixa-te ir ao cheiro do vento
não percebes
que te deixaste seduzir
com mão no pelo
só queres é vadiar comigo
e sem saberes bem para onde me levas
nem deste por ti no carreiro que tracei
agora aprecia bem
o ninho de ratos
em que deixei a tua mente
não sou uma flor no teu jardim
porque é que isto não fica é por aqui?
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8. |
ligeiro ciúme
03:22
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ligeiro ciúme
Cada vez que o gajo passa
Ele para aí ao pé de ti
tem sempre algo a comentar
por isso para ao pé de ti
a ver se isto vai lá
com uma certa intriga
a ver se arranha
Alguma chaga por aqui
até que podia ser menos doentio
Mas depois não era a mesma coisa
As gentes não mudam,
Mudamo-nos pouco um ao outro
...não era a mesma coisa
e claro, tu toda giraça
o cão não sai de ao pé de ti
alguma pele para estimular
e vê-se... baba até daqui
a ver se isto vai lá
com uma certa intriga
a ver quem ladra
mais alto aqui
até que podia ser menos doentio
Mas depois não era a mesma coisa
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9. |
se te faz tremer
02:54
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se te faz tremer
Sai e vai se te faz tremer
a água-doce é que te vai lavar
mais pó para o rio
escoa medo em suor, mas vá
que o corpo ainda te dá poder
que o sol há de chegar a nós
sem sombras onde entorpecer
daqui à foz ainda há muito rio
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10. |
lamento
04:20
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lamento
eu cá passava a tarde a ouvir-te
falar do tempo e do mar
eu cá largava tudo a correr
para poder ficar um pouco mais
Vá conta-me tudo
Não dá
Mais um dia pro trabalho e ainda agora vim de lá
Mas puta da vida de trabalho
que me tira o sono e o sono que me dá....
ainda agora vim de lá mas que...
Vendo bem as coisas
Isto não me pode fazer bem
Acredita que sim, acredita se quiseres
eu já sorria ao mundo outra vez
filava a vida por outra via
eu já marcava férias a valer
para poder estar um pouco mais
Vá conta-me tudo
Não dá
Mais um dia pro trabalho e ainda agora vim de lá
Mas puta da vida de trabalho
que me tira o sono e o sono que me dá....
ainda agora vim de lá mas que...
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11. |
formiga e cigarra
03:41
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12. |
círculo
03:43
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círculo
lá fora, o céu é agora uma massa negra
não vês para lá
para lá do vidro
do vidro do carro
e depois este tempo
este tempo também
também não ajuda
abres a janela
a janela da porta
da porta dela
mas o vento não corre
o vento não corre
a condensação mantém-se
lá fora, o céu é agora uma massa negra
esticas a mão
querias tocá-la
e que a água te escorresse pelo braco
e te sugasse para
sugasse para
sugasse bem para olho da tempestade
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13. |
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um febrão que custa a curar
Junta-lhe gelo
Ela deitada, ele à procura de lume
Vê na cómoda da entrada,
depois traz-me um pano húmido
Junta-lhe gelo
Ela coitada, a definhar em dor
Acredita que isso passa,
Há que libertar algum calor
Junta-lhe gelo
Que não vais emudecer
Que ainda és nova para morrer
Amanhã não será diferente
Que é só
um febrão que custa a curar
um febrão que custa a curar
Junta-lhe gelo
aflição a noite toda
a noite toda, qual noite toda?
Noite na cabeça
Na tua cabeça
Ouvia a voz, ouvia a voz
Nitidamente
vinha de dentro
de dentro de mim
de dentro
(vá calma)
Que não vais emudecer
Que ainda és nova para morrer
Amanhã não será diferente
Que é só
um febrão que custa a curar
um febrão que custa a curar
Amanhã não será diferente
Que não vais emudecer
Que ainda és nova para morrer
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